O Ombro congelado e também conhecido como: Capsulite adesiva, Ombro Rígido e Capsulite retrátil.
É uma das condições mais dolorosas do ombro.
Ombro congelado muitas vezes é de etiologia desconhecida, caracterizado por dor e limitação global de movimentos (ativa e passiva). O Ombro congelado acomete 2 a 5% da população em geral, mais prevalente entre 40 e 70 anos, 2 vezes mais frequente nas mulheres, pode acometer os dois ombros em 20% dos casos.
O Ombro congelado pode ser causado também por diabetes, fraturas ou entorses no ombro, tendinites ou lesões de tendões no ombro, imobilizações, doenças da tireóide, alcoolismo, colesterol elevado, acidente vascular cerebral (AVC) entre outras doenças.
O Ombro congelado atinge a Cápsula articular glenoumeral , formada por ligamentos que unem o Úmero (osso do braço) à Escápula. Em um ombro normal estes ligamentos são elásticos e flexíveis permitindo movimentos amplos. No Ombro congelado essa cápsula fica inflamada, inchada, vermelha e contraída. A elasticidade normal é perdida e a dor e a rigidez se instalam. Se compararmos o ombro com uma porta de casa é como se as ˜dobradiças” da porta ficassem rígidas impedindo a abertura ou fechamento da porta.
O ombro congelado primário típico se desenvolve lentamente e em três fases:
- 1ª fase: inflamatória – dor intensa e alterações de sensibilidade, no membro superior
- 2ª fase: congelamento – fibroses e aderências ocasionadas pela fase inflamatória inicial, com dor noturna e aos movimentos, com perda progressiva da mobilidade do ombro,
- 3ª fase: descongelamento – recuperação espontânea e progressiva das amplitudes de movimentos.
Porém revisões científicas recentes mostram que nem sempre ocorre recuperação espontânea, necessitando tratamento adequado.
Ombro Congelado pode ser diagnosticado através da história clínica, exame clínico do ombro e exames de imagem, porém a radiografia simples frequentemente tem poucas alterações.
Tratamento do Ombro Congelado: deve ser instituído o mais precoce possível para encurtar o tempo de incapacidade provocado pela doença e evitar sequelas duradouras como perda dos movimentos do ombro. O tratamento necessário depende da intensidade da dor e da rigidez e inclui:
- Analgesia com medicações orais, corticoides e/ou injeções como o Bloqueio anestésico do nervo supraescapular.
- Fisioterapia para analgesia ou para ganho de mobilidade do ombro (Maitland).
- Procedimentos como a Manipulação Articular sob anestesia ou a Capsulotomia por Artroscopia do ombro podem ser usados em casos selecionados, seguidos de fisioterapia fornecem bons resultados no alívio da dor e recuperação de movimentos.
Gostou de conhecer um pouco mais sobre o ombro? O ortopedista especialista em Ombro e cotovelo pode avaliar adequadamente seu ombro e orientar o melhor tratamento para sua recuperação. Compartilhe com os amigos.